ONDE VOCÊ DEIXOU.
TUDO PERMANECE
CASA DE MEMÓRIAS: tudo permanece
SURGIU em decorrência do fato da artista ter se deparado com um escrito feito por seu pai na despensa da cozinha de casa há mais de 35 anos. Curiosa em saber se poderia encontrar mais, a artista então vestiu-se de detetive na esperança de investigar as memórias da casa em que cresceu.
O presente trabalho te convida a fazer essa investigação em conjunto. Com fotografias em preto e branco e post it, somos levados a caminhar pela casa e pelas memórias daqueles que ali viveram. Tentamos decifrar os escritos pelas portas e paredes e temos a compreensão do quanto tempo passou. As coisas mudaram e nada é mais o mesmo. O menino cresceu, não se sabe quem foi Zulu, a chave abre um armário que esconde o que? Para onde vai?
Como uma investigação ainda em andamento para (re)descobrir suas memórias e as memórias da casa da artista, nada pode ser considerado concreto. É o simbolismo e o ar melancólico que guia o olhar do telespectador para as fotografias. São os post it embaralhados que nos levam a entender o contexto de cada foto, mesmo que superficialmente. E é o fato de não ter um fim (ou final) que torna a experiência ainda mais dinâmica, uma vez que estamos em conjunto à procura de todas essas memórias e significados.